domingo, 12 de abril de 2015

Inscrições abertas para tratamento ortodôntico associado à cirurgia.

Aí galera do Butantã - SP. Que ótima notícia...essa é fresquinha!

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Inscrições abertas para triagem de pacientes, a partir de 16 anos, para tratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática.

A Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, está com inscrições abertas para triagem de pacientes a partir de 16 anos, que necessitam de tratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática. O paciente deve ser morador da região do Butantã, aluno ou funcionário USP ou dependente de aluno ou funcionário USP.

Para agendar a triagem favor entrar em contato no telefone: (11)3091.7812 ou por e-mail eedina@usp.br – Secretaria de Ortodontia.

Fonte: Faculdade de Odontologia | Universidade de São Paulo
Data: 08/04/2015

quarta-feira, 8 de abril de 2015

300 mil visitas e os principais receios.



Quando o blog atingiu as 200 mil visualizações contei as principais motivações para escrever minha experiência. No dia 11/03/2015 completei 5 anos desde a cirurgia e hoje, alcançando a marca dos 300 mil, vou contar sobre os inúmeros receios que pipocam na cabeça dos pacientes. A lista foi criada com base nas perguntas mais frequentes que recebo por e-mail.

1. Receio da cirurgia e anestesia.

Não tive medo de fazer a cirurgia. E olha que cirurgia era algo que me botava realmente medo, principalmente pela questão da anestesia. Eu não imaginava passar por uma cirurgia tão cedo, principalmente desse porte. Mas quando vi que precisava fazer e o momento tinha chegado, o medo simplesmente se esvaiu. Acredito que não passei por esse receio porque além de ser algo que eu almejava muito, eu confiei plenamente no meu cirurgião que foi muito bem recomendado pelo meu dentista e, na sua equipe. Essa era a segurança de que precisava para ficar tranquila. Não tive efeitos colaterais da anestesia. A primeira coisa que senti logo que acordei da cirurgia foi muita, mas muuuuuuita dor de garganta. Umas pastilhas resolveram quase que instantaneamente.

Uma coisa eu posso dizer que senti: muita ansiedade pra chegar o dia da cirurgia. Mas meu nível de ansiedade não chegava a tirar meu sono. Se você chegar nesse nível de incômodo veja com seu cirurgião a possibilidade dele te receitar uns calmantes. E no dia da cirurgia pergunte a seu anestesista se ele pode te dar algo para relaxar. A minha anestesista me ofereceu um remedinho que me deu um soninho bem gostoso. Lembro vagamente de como fui parar na mesa do centro cirúrgico.

2. Receio do rosto mudar.

Algumas pessoas me procuram com medo de não se parecer mais como era. Nesse ponto minha cabeça funcionou completamente diferente, pois a coisa que mais queria era justamente ficar diferente do que eu era. Como eu não gostava do meu rosto antigo, a adaptação pro novo não foi nenhum problema. Só o período de transformação que é chato porque o rosto fica feio e inchado. Você já não tem mais o seu rosto antigo, mas ainda não tem o novo. 

Depois de passado o período da transformação - quando atingi a nova fisionomia - percebi distintas reações das pessoas próximas. Normalmente as pessoas da minha convivência diária (tipo, meus pais) não perceberam tanto a diferença. Dos amigos as reações foram as mais diversas. Tinha desde os amigos que notavam pouca mudança até os que achavam que fiquei outra pessoa. Outros conhecidos, geralmente os que ficaram muito tempo sem me ver, simplesmente quando passavam por mim na rua me olhavam sem ter certeza de quem eu era. E quando me reconheciam diziam estar bem diferente. E as pessoas que conheci depois que fiz a cirurgia certamente não sabiam como eu era. Mas quando mostro as fotos antigas se surpreendem dizendo que sou uma pessoa completamente diferente. Acho muito cômico esses distintos comportamentos. Mas de uma maneira geral, tirando uma média, as pessoas notaram bastante a transformação e acharam positiva.

3. Receio com relação a dificuldade de respirar e alimentar.

Isso foi algo que tive um pouco de receio sim. Na verdade esse receio veio logo depois que fiz a cirurgia, porque não sabia que o nariz ficava entupido de sangue. Quando meu nariz entupiu e a boca ficou sem muita abertura me bateu aquela sensação de sufoco. Não que eu estivesse sufocada, gente! Não criemos pânico! Se entra comida, entra ar! hahaha. Fiquem tranquilos. O nervosismo deixa a gente assim. É como se fosse a mesma sensação que um claustrofóbico tem quando fica num ambiente fechado mesmo sabendo que ainda tem muito ar para respirar. Quando batia essa sensação parecida com falta de ar, eu fechava os olhos, me acalmava e respirava fundo. Totalmente psicológico.

Pra se alimentar é a mesma coisa que você faz quando está com gripe. A gente não come de boca aberta quando gripado? Sim, porque estamos nos alimentando e respirando pelo mesmo lugar. Assim, pra engolir prendemos momentaneamente a respiração para não engasgarmos. No pós-cirúrgico é a mesma coisa. Com a diferença que você não mastiga. Só se alimenta de líquido.

Quanto ao nariz, ele desentope com aproximadamente uma semana. E com pouco mais de duas semanas já consegue migrar da alimentação líquida para o pastosa.

4. Receio da parestesia

Esse assuntou mereceu vários posts e comentários ao longo do blog e dessa vez vou me abster de falar sobre a parestesia. Já enchi vocês desse assunto, né? Pra quem chegou por agora, dêem uma conferida:
1. Tratamentos para recuperação da sensibilidade
2. Parestesia 
3. Algumas dúvidas sobre o P.O.

5. Receio da boca não voltar pra normalidade.

Mesmo passados 5 anos desde a cirurgia alguns pacientes me perguntam se minha mastigação tá boa, se minha abertura tá normal, se minha fala tá OK. Se depois de cinco anos nada tivesse voltado ao normal já teria entrado em pânico (risos). Tudo volta como era antes (com exceção da sensibilidade em alguns casos - vide post). A mastigação foi o que mais demorou para voltar ao normal (uns 8 meses). A carne vermelha, de fato, foi a última coisa que consegui voltar a mastigar (tirando a moída ou a processada). A abertura também demorou bastante, próximo da mastigação. Mesmo ainda rígida, forçando a barra conseguia abrir. Não lembro exatamente quando, mas com pouco menos de 1 ano já tinha recuperado a flexibilidade dos movimentos. A minha fala com 20 dias já tinha voltado ao normal (vide post), mas se a conversa fosse longa já me cansava. A minha boca pesava um pouco pra falar até dois ou três meses de pós. Ainda sim, não me impedia de trabalhar mesmo tendo que falar o dia todo.

Claro que se você não fizer os exercícios necessários com a fono (vide post) há chance dos movimentos atrofiarem ou demorarem pra voltar ao normal. Até mesmo haver recidiva, que é pior ainda. Bora treinar para não haver problemas no futuro!

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É isso! Obrigada pessoal pelas visitas e pelo carinho.
FOCO na ortognática, FORÇA na recuperação e FÉ que tudo vai melhorar!

Beijos