O Dr. Paulo José Medeiros - cirurgião-dentista, chefe de serviço da Hupe e professor da faculdade de Odontologia da UERJ - foi o entrevistado pelo canal de saúde FIOCRUZ, postado no site dia 11/09/2013.
O vídeo é ótimo, super explicativo! Vale a pena dar uma conferida. Ele disse tudo que sempre quis explicar aqui no blog e que geralmente são os questionamentos dos pacientes que entram em contato comigo.
Só resumindo o vídeo, no começo o doutor comenta sobre as deformidades dentofaciais: o prognatismo e o retrognatismo. Também relata o caso de uma paciente prognata (Classe III) e os problemas de saúde que ela teve ocasionadas por conta dessa deformidade.
Fala sobre as motivações funcionais e estéticas. Vou frisar um ponto muito importante que o professor esclarece:
"A motivação mais importante é a do paciente (...). Existe um preço a pagar na questão do pós-operatório, então o paciente tem que estar motivado, ele tem que querer (...). O paciente motivado passa pelo pós-operatório com a maior tranquilidade, exatamente pelo envolvimento dele e por ele ter comprado a ideia de fazer o procedimento.".
E por isso considero, apesar do meu pós ter sido sofrido como todo pós-operatório, que passei por uma recuperação tranquila. Eu quis muito a cirurgia, corri atrás, busquei informações, aceitei as consequências e tinha ciência de que tudo aquilo por qual estava passando era temporário e que demoraria.
Outro ponto em questão e que algumas pessoas reclamam é com relação ao tratamento ortodôntico. O doutor explica que para alinhar os dentes o ortodontista acentua o problema para corrigir a compensação dentária e acaba ocasionando, temporariamente, uma piora estética. O paciente sabendo que ele tem um horizonte positivo, normalmente leva isso na maior tranquilidade. Guardem isso quando iniciarem o tratamento com o dentista. Eu mesma tive a sensação que um pouco antes de passar pela cirurgia o meu sorriso gengival estava bem mais aparente comparado ao início do tratamento ortodôntico. Dá uma olhada na minha foto no dia da cirurgia.
Depois apresenta o serviço do Hupe que é referência em cirurgia ortognática do Rio de Janeiro. Nessa parte da matéria vai aparecer a profissional que foi minha fonoaudióloga, a Dra. Priscila Abreu. Ela mostra o trabalho da fonoaudiologia no processo de recuperação da cirurgia ortognática e sua importância. Vou entrar com mais detalhes dessa especialidade no próximo post.
Posteriormente, comenta a idade ideal para fazer a cirurgia ortognática (que de certa forma não existe). O que acontece é que o crescimento ósseo cessa aos 17 anos. Realizando a cirurgia antes dessa idade, provavelmente o paciente vai precisar passar pela cirurgia novamente, só que dessa vez definitiva. Então, ou o paciente espera ou ele aceita a fazer a cirurgia duas vezes. Tem alguns pais que querem operar quando o paciente ainda é criança. Eu na minha humilde opinião não recomendaria. A criança não entende que o procedimento será benéfico e ela acaba não ajudando no processo de recuperação que é bastante incômodo. Quando o indivíduo chega na adolescência começa a se preocupar com a questão da estética e do convívio social. Se o problema estético provocar uma dificuldade de interação com as pessoas, ele mesmo vai buscar pela cirurgia. E como foi dito anteriormente, a motivação é a melhor forma de aceitar passar pelas dificuldades do pós-operatório. Claro que existem casos em há necessidade de enfrentar essas intervenções desde cedo, segundo o doutor, como é o caso da pessoa que nasce com fissura lábio-palatal, mais conhecido como lábio leporino, que quando chega na adolescência já passou por diversas cirurgias.
O vídeo finaliza com algumas orientações e ganhos que a cirurgia proporciona. O doutor mostra também seu livro sobre Cirurgia Ortognática com conteúdo voltado para os ortodontistas, que inclusive já vi à venda no site Submarino.
Fonte: http://www.canal.fiocruz.br