segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Apoio psicológico pós-Ortognática

Pessoal, vim aqui falar de um assunto muito sério. Continuem lendo!


Quando decidimos realizar a cirurgia fazemos plano pra tudo (ou pra quase tudo!). Planejamos os gastos com exames, consultas, dentista, cirurgião, medicamentos e fono. A fono às vezes nem entra nos planos, né! Depois vem aqui com 5 meses de P.O. dizer que não consegue abrir a boca (risos). É bem assim.

Mas não vim falar disso. Há uns quatro meses atrás recebi uma mensagem anônima aqui no blog, eu diria, bem negativa e desmotivadora...até mais do que isso, mas no momento não consigo encontrar palavras para descrever. Até titubeei responder a pessoa com uma mensagem de incentivo e conforto porque vi que ela estava precisando. Mas ao mesmo tempo pensei que ela talvez nem leria minha mensagem. E o pior! Várias outras pessoas que acessam meu blog diariamente pra buscar informação, esclarecimento e um pouco de estímulo poderiam ler o que ela escreveu e se assustar. E o que eu fiz com a mensagem? Excluí! #mejulguem

Por isso que os nossos queridos doutores aconselham aos pacientes não lerem nada na internet. Não no sentido de esconder dos pacientes a "verdade". Entendem que no impulso do momento, misturado ao sentimento de frustração e um teclado na mão a gente escreve o que quer? Sem parar um minuto sequer para avaliar a própria situação? Então, foi isso que pude perceber na mensagem anônima. Será que ela não tava no 1º mês de recuperação? (estava!) Será que o cirurgião fez todos os procedimentos com sucesso? (não sei!) Será que ela tem inclinações graves de ansiedade? (parecia!). 

Lembram que eu falei sobre ter paciência? "A paciência é, acima de tudo, sabedoria, é esperar o momento certo de fazer ou de dizer as coisas, sem criar nenhum tipo de rejeição." E apenas 1 mês de recuperação não é o momento certo para rejeitar a cirurgia e dizer o que pensa. 

Sem dúvida a pessoa que escreveu a mensagem precisava de apoio psicológico. Então, pense na possibilidade de incluir isso também nos seus planos pré-operatório. Para algumas pessoas que passaram de letra pelo processo de recuperação podem até pensar que é exagero. É muito louco gente! Mas não é exagero. Percebi isso em alguns e-mails que recebo. As pessoas ficam realmente transtornadas, porque mexe com o emocional e inicialmente com a auto-estima. Já falei aqui e repito que ninguém vai sair da maca parecendo a Scarlett Johansson ou o Bradley Cooper. E também se não ficar não culpe o cirurgião por isso. Deixa pra próxima encarnação! (risos). 

Brincadeiras a parte e voltando a tratar dessa questão com seriedade, esse assunto merece toda a atenção dos pais e pessoas próximas dos pacientes que farão a cirurgia. Notem qualquer comportamento atípico ou depressivo. Algumas vezes o próprio paciente reconhece não estar sabendo trabalhar com os sentimentos nessa fase sozinho e procura ajuda. Reconhecer é um grande passo! 

Lembrando também que é uma longa fase. São quase 12 meses de recuperação. Gente! É normal ficar chateado. Eu mesma fiquei quando a minha cara ficou cheia de espinhas, por exemplo. De não ter nem vontade de sair de casa. Mas fui correr atrás de resolver o problema. Não fui na internet xingar a ortognática. O máximo que fiz foi relatar esse caso aqui no blog para as pessoas saberem que isso pode acontecer.

Procurar um psicólogo profissional é imprescindível para algumas pessoas. Não façam do seu cirurgião um psicólogo. Todo mundo já conhece a fama que alguns cirurgiões tem, né? (excluindo o meu). Essa questão é mais séria do que a gente pensa. Não é um desabafo aterrorizador aonde quer que coloque que vai resolver a sua angústia. Eu tô aqui quase cinco anos depois desde que passei por isso, à 1 da manhã, morrendo de sono, atolada em trabalho pra pedir pra vocês não temerem a cirurgia. E cuidado com as coisas que leem na internet. É um ano de uma lenta e exaustiva recuperação pra um vida inteira de alegria.

Não tá conseguindo sozinho? Procure um psicólogo. Uma base mental e espiritual vinda de um profissional nesse momento pode ser ótimo para o paciente refazer sua estrutura emocional. Levem isso em consideração ao fazer os planos para a ortognática.

Até breve pessoal! ;)

7 comentários:

  1. Meu maior sonho é realizar essa cirurgia,tenho certeza que após a cirurgia minha vida vai mudar pra melhor ,nem preciso falar sobre as consequências q esse problema me traz e sempre me trouxe,pois prefiro pensar sobre os benefícios que terei depois,realmente quem passa por essa cirurgia deve sofrer um pouquinho no início,mas tenho fé que tudo vai ser momentâneo e que com o tempo vou ficar muito feliz com o resultado.

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    1. Fazer essa cirurgia seria uma grande realização em minha vida, pra ter uma idéia, eu não tenho nenhuma foto antiga, tenho agora depois que coloquei aparelho. Meus pais nunca tiveram condições de me levar a um ortodontista, depois q comecei a trabalhar, meu plano cobria o ortodontista, fiquei muito feliz, minha dentista me recomendou a cirurgia ortognatica, porém, não tinha grana, nem o plano cobria. Decidi por fazer um tratamento compensatório, agora com três anos fazendo tratamento, descobri q o plano esta cobrindo a cirurgia, e corri para falar para a minha dentista, ela me encaminhou com todos os meus exames, mas qundo cheguei no medico de cabeça e pescoço ele me olhou e disse q eu não precisava de cirurgia nenhuma. Saí do consultório chorando, pois meu queixo é enorme e um lado é maior que o outro, e ele me diz isso. Estou muito, muito arrasada. Meu sonho é fazer essa cirurgia, então quem pode fazer, faça, não tenha medo, pense nos benefícios. Mas eu não vou desistir... Vou tentar, trabalhar, um dia eu consigo.

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  2. Acho de extrema importância um acompanhamento psicológico, pois é uma cirurgia muito delicada e a recuperação é demorada, ou seja, haja paciência! Coisa q para isso infelizmente não tenho. Pois depois de 4 meses de cirurgia estou fazendo acompanhamento psicológico para saber dar tempo ao tempo, pois ainda estou inchada, com dificuldade para mastigar, sem sensibilisade e pior me sentindo mais feia do q antes. Só um psicólogo para me ajudar nessa fase q tenho fé em Deus q logo vai passar.

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  3. Acho de extrema importância um acompanhamento psicológico, pois é uma cirurgia muito delicada e a recuperação é demorada, ou seja, haja paciência! Coisa q para isso infelizmente não tenho. Pois depois de 4 meses de cirurgia estou fazendo acompanhamento psicológico para saber dar tempo ao tempo, pois ainda estou inchada, com dificuldade para mastigar, sem sensibilisade e pior me sentindo mais feia do q antes. Só um psicólogo para me ajudar nessa fase q tenho fé em Deus q logo vai passar.

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  4. Tem apenas duas semanas que fui operada e venho tendo um P.O. muito tranquilo, meu rosto não inchou tanto (inclusive isso é comentando pelos fisios e meu cirurgião) e o que mais me ajudou na primeira semana foi a paciência, principalmente para comer (na primeira semana já fui para o pastoso, mas levava praticamente uma hora comendo). Contudo na segunda semana já me percebi mais impaciente, menos otimista e não hesitei em buscar coisas que pudessem amenizar a ansiedade de poder comer normal, levar uma vida normal. Já marquei meu retorno a psicóloga que havia parado só para o tempo de recuperação da cirurgia e digo, inclusive como profissional da área (sou psicóloga), que apenas em saber que vou ter pra quem contar todas as paranoias e receios em torno do resultado já alivia a tensão. É praticamente um brinde da cirurgia: você vai ter que aprender a esperar e a lidar com tantos medos.

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  5. Olá. Estou no quinto mês de pós cirúrgico. Tive de retirar uma placa de titânio que deu problema dois meses após a cirurgia. Tenho algums incômodos , tive uma forte recisica. Uso elásticos. Mas levo uma vida normal. Vou a praia , academia. Me chamo Paulo , tenho 49 anos estou em muito boa forma física. Ainda tenho dificuldade para mastigar
    , A parestesia está forte. Algumas dores fraca nos ouvidos e meio bicudo. Mas sei que é demorada a recuperação. Estou confiante. Tenham força de vontade , coragem e fé. Além de paciência , muita. Mas a vitória é certa.

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